
Fernando Batista Hortêncio é o Diretor da Jovem Advocacia da Subseção
A Jovem Advocacia ganhou, na atual gestão da Subseção, o status de diretoria, fato inédito na história da OAB Maringá e do Paraná. A intenção é aproximar ainda mais os profissionais nessa fase da carreira de sua entidade de classe, oferecendo-lhes ferramentas para o início da atividade profissional. Vale lembrar que os advogados com menos de cinco anos de atividade representam quase 45% dos inscritos na OAB Paraná.
E para dar início aos projetos em favor dos iniciantes, foi nomeado o primeiro diretor da Jovem Advocacia, o advogado Fernando Batista Hortêncio, que prestou juramento em 2017 e já possui duas pós-graduações.
“Minha relação com a OAB vem desde o juramento e foi justamente através das comissões, que é uma das principais bandeiras da nova gestão da Ordem, que me integrei às atividades da Subseção”, aponta.
Nesta entrevista, Fernando fala a respeito de como será desempenhado o seu papel, inédito na história da Subseção.
Pela primeira vez a advocacia iniciante ganha o status de diretoria. Essa conquista torna mais acessível a atuação em favor do jovem advogado?
Fernando: Alçar a comissão da jovem advocacia ao status de diretoria, invariavelmente, torna o canal de comunicação mais fácil e direto. Assim, as questões e anseios dos jovens advogados e advogadas serão levados diretamente à diretoria, tornando mais fácil e célere a atuação da Ordem em prol colegas em início de carreira.
Ainda, na condição de diretoria, eu acredito que se torne mais fácil a atuação conjunta com outras comissões, podendo desenvolver cursos e eventos voltados aos jovens advogados e advogadas. Uma ideia, por exemplo, é verificar a disponibilidade de um evento da comissão de gestão voltada especificamente à gestão de escritório da jovem advocacia, que seria muito diferente da administração do escritório dos colegas mais experientes.
Quais são suas expectativas? E quais os principais desafios dessa diretoria?
Fernando: A expectativa é propiciar um ambiente acolhedor aos jovens advogados e advogadas no cenário da advocacia de Maringá e das cidades da região, pelas quais a nossa subseção é responsável. Mostrar que existe toda uma estrutura para apoiar e auxiliar o início da carreira dos colegas, sejam eles autônomos, associados, empregados ou donos do escritório.
De forma geral, mostrar aos que estão no começo da carreira que a OAB é mais do que uma simples “carteirinha”, mas um órgão de classe que trabalha para fortalecer a própria classe.
O grande desafio é, sem dúvida, a comunicação, é fazer chegar a informação aos novos advogados e advogadas e mostrar o que a OAB pode e vai fazer por eles. Criar um ambiente de integração é a chave desta gestão.
Como você pretende agregar os jovens à comissão?
Fernando: O primeiro passo é, sem dúvida, ouvir. Fazer o trabalho de base e escutar dos próprios interessados como a diretoria pode atuar da melhor forma possível em favor dos mesmos.
A partir das informações colhidas é que vamos montar um plano de trabalho, seja a formatação de eventos, aulas, debates e outras ideias que sejam propostas.
Um dos pontos que já está decidido e posso adiantar é a criação de programas de mentorias, onde advogados e advogadas mais experientes, referências em determinadas áreas do Direito ou da própria gestão de escritórios vão poder compartilhar com os mais jovens dicas práticas. Por exemplo, vamos trazer alguém que seja referência na área criminal e os novos advogados e advogadas que quiserem ingressar na área terão a oportunidade de aprender dicas práticas da atuação, que só seriam vivenciadas com anos de atuação profissional.
Ainda está sendo pensado o formato desta mentoria, mas com toda certeza vai agregar muito conhecimento e experiência aos que estão começando agora e trazê-los para dentro da OAB.
Como será a dinâmica do trabalho, por exemplo, reuniões mensais?
Fernando: A dinâmica de trabalho vai ser formatada em conjunto com a comissão que está sendo montada, mas a princípio terão as reuniões mensais e já nas primeiras vamos pensar nos eventos que serão promovidos. Certamente faremos alguns cursos e workshops voltados ao jovem advogado e, se possível, integrando a sociedade, bem como outras comissões.
Quando estivermos próximos de eventos que serão organizados haverá a necessidade de reuniões esporádicas, mas todas devidamente agendadas dentro do grupo e de forma a impactar o mínimo possível nas atividades normais dos membros.
Como será a comunicação com o jovem advogado?
Fernando: Num primeiro momento usaremos as redes sociais e os canais oficiais da própria OAB, integrados com as formas já existentes e de sucesso das gestões passadas, como o Instagram da comissão, grupo de WhatsApp/Telegram etc.
Importante lembrar que sempre levaremos em conta o feedback dos próprios advogados e advogadas em início de carreira.
Na sua opinião, quais os maiores desafios de um advogado no início de sua carreira?
Fernando: Os desafios de quem está começando na advocacia são os mais variados. Para começar já vem aquela dúvida: abro meu próprio escritório ou vou trabalhar em um escritório já consolidado?
Depois a incerteza de qual área se especializar. Às vezes a pessoa tinha uma matéria preferida na faculdade, mas tem dificuldade de se inserir no mercado de trabalho atuando naquela área. Outras vezes vem opiniões externas sem o mínimo conhecimento e colocam ainda mais dúvidas na cabeça de quem está começando a advogar.
Também tem o caso da violação de prerrogativas que tende a ser uma constante na vida dos advogados e advogadas, a depender da área de atuação, que acaba sendo mais acentuada aos profissionais em início de carreira.
Os desafios vão se mostrando de profissional para profissional e nós enquanto diretoria e a comissão temos o dever de colher o máximo de informação possível diretamente dos advogados em início de carreira e desenvolver os trabalhos para mitigar estes desafios e ajudá-los a prosperar, tornando a advocacia de Maringá e região uma advocacia de excelência.
Como os advogados podem participar da comissão?
Fernando: Qualquer um que demonstrar interesse em participar da comissão é só se inscrever. Assim que o grupo temático estiver montado, pode procurar diretamente o presidente ou a diretoria da jovem advocacia e dar o nome. Mesmo que seja necessária uma nova portaria para formalizar a participação, assim que a pessoa demonstrar o interesse já iremos integrando a comunicação, colocar nos grupos, divulgar as datas das reuniões e trazer o interessado para dentro das atividades.
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