Ana Cláudia Pirajá Bandeira, presidente da OAB Maringá
Dia 22 de julho, é o Dia Estadual do Combate ao Feminicídio, instituído pela Lei 19.873/2019 em memória à morte violenta da advogada Tatiane Spitzner, ocorrida há dois anos, e a todos os outros casos registrados no estado.
Dados levantados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontam que houve um aumento de 22% nos registros de casos de feminicídio no Brasil durante a pandemia do novo coronavírus.
Os números correspondem aos meses de março e abril e foram comparados com o mesmo período do ano passado. O número passou de 117, em 2019, para 143 neste ano.
Trata-se de um tema muito caro, pois estamos falando de vidas humanas perdidas, de uma forma de violência enraizada em nossa sociedade e que, por isso, precisamos combater todos os dias.
Além de divulgar campanha neste dia, chamando a atenção dos advogados e da sociedade, a OAB Maringá atua, com muita efetividade, na luta contra este tipo de violência.
A Comissão de Enfrentamento à Violência de Gênero, da nossa Subseção, realiza um grande trabalho, ao atuar na defesa de vítimas, fornecendo assistência jurídica gratuita, ao mesmo tempo em que desenvolve campanhas de conscientização.
Não podemos enxergar com naturalidade nenhum tipo de violência, ainda mais a violência doméstica, que aprisiona, que retira da vítima qualquer possibilidade de defesa, que destrói famílias, deixando marcas profundas em todos os envolvidos.
É preciso dizer “basta”. Atuarmos em nosso dia a dia, em todas as ocasiões e em todas as oportunidades contra qualquer situação que torne a mulher “menor”, como frases machistas, comentários em redes sociais, entre inúmeras outras situações que vivenciamos diariamente.
Esta luta não é somente das mulheres, mas toda a sociedade.
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